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11 junho 2017

Almiraci Dantas - Parte II


"Se eu sou bibliotecária, qual a minha missão na terra, enquanto profissional? É fazer com que a minha atuação faça com que a desigualdade na sociedade seja reduzida. como? promovendo o acesso à leitura, pois a desigualdade está na falta de conhecimento e o bibliotecário é a ponte" (Mira Dantas, 2017).


Se você ainda não leu a primeira parte dessa entrevista, sugiro que  passe lá no post anterior. A historia dela é muito fascinante. Não Perca!

Inforbiblio - Qual o seu percurso na Biblioteconomia antes de assumir o cargo de  Coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas? 


Mira - Fui bolsista da biblioteca setorial do Instituto de Ciências Sociais (ICS). A biblioteca tinha passado por uma reforma e os livros tinham sido retirados para que o local pudesse receber uma pintura nova. Então parecia que havia passado um furacão por ali. Como as setoriais na época não contava com um (a) bibliotecário (a), eu tive que organizar tudo ali.

Estagiei na Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos hídricos de Alagoas (SEMARH), na qual existe uma biblioteca especializada. Com isso eu tive a oportunidade de trabalhar pela unidade administrativa na Agência Nacional de Águas (ANA). Meu cargo era de Assistente Administrativo que auxiliava a Bibliotecária Cândida Righetti, apesar de não ser esse o cargo oficial dela lá, mesmo por que não existia esse cargo na grade da instituição, mas precisavam do profissional. Então nós montamos a biblioteca da unidade e organizamos o arquivo.
Consegui uma bolsa-pesquisa na UFAL,  sobre a história do Curso de biblioteconomia e juntamente com a minha orientadora, Maria de Lourdes Lima, fizemos um artigo oriundo dessa pesquisa. Depois Defendi meu TCC, intitulado “O PATRIMÔNIO IMATERIAL: UMA LEITURA DAS AÇÕES CULTURAIS DA ONG OLHA O CHICO PIAÇABUÇU/AL.“
Depois de formada passei 2 anos parada, pois engravidei da minha filha, Liz Mariah. Na sequência em 2014 tive a oportunidade de trabalhar durante um ano com a então gestora aqui da Biblioteca Pública Estadual (BPE), a bibliotecária Maria Luiza Russo. Eu trabalhava com mais dois bibliotecários que numa transição de governos acabaram sendo dispensados. Logo após a BPE foi reinaugurada e eu fiquei com o cargo comissionado de Bibliotecária. 
Fui indicada pela Maria Luiza e pela Coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas (SEBP) na época e também bibliotecária, Wilma Nóbrega. Me encontro já há 2 anos como gestora, e a biblioteca hoje conta com 75 mil exemplares e conheço esse acervo como a palma da minha mão, pois acompanhei todo o processo de organização desde o período que era apenas da força tarefa, auxiliando aos estagiários.

Inforbiblio - Durante essa trajetória como gestora, qual ou quais foram os projetos que mais te instigaram, quais os que proporcionaram resultados tão positivos ao ponto de você pensar em ir além e democratizar-los em outros espaços, no caso quando você não se encontrar mais nesta gestão?

Mira - Pra mim o importante é a dinamização. É colocar em prática essa ação cultural que o bibliotecário estuda na sala de aula a partir de Coelho Neto, que eu acho muito importante, principalmente na biblioteca pública. Mas o projeto que mais me instiga é o que ainda está em fase de implantação é o Sistema de Empréstimo Domiciliar, que é primordial para a democratização da leitura. 

Inforbiblio - Como se deu esse iniciativa, como está esse processo do Sistema de Empréstimo?

Mira - Passei um ano estudando as possibilidades para que esse projeto acontecesse, pois já existiam ferramentas na biblioteca que precisavam ser utilizadas. Existia um software que se chama Arches Lib no qual estava impossibilitado de realizar o empréstimo domiciliar através dele, pois faltava o Protocolo CIP. Por conta de algumas burocracias,  era mais fácil trocar o sistema. 
Certa vez o governador em visita a BPE me disse uma frase muito interessante: “Biblioteca é um espaço onde deve girar o livro, assim como o banco deve girar o dinheiro“ Aí eu aproveitei esse gancho e coloquei na reunião de planejamento de ações de marcos, que nós temos todo ano. Daí a Secretária de Cultura do Estado, aceitou que esse serviço entrasse como marco desse ano de 2017. Então dentre 3 softwares pesquisados o SIAB foi o que se encaixou nas necessidades da BPE e brevemente será concluída sua implementação.

Inforbiblio - Explique-nos um pouco sobre o Conecta Biblioteca

Mira: O Conecta Biblioteca é um programa que foi pensado por todos os gestores dos SEBPs dos estados brasileiros juntamente com a iniciativa da ONG Recode e da Caravan Studios, com patrocínio da Fundação Bill & Melinda Gates, para proporcionar que as tecnologias façam os jovens terem mais acesso à leitura e as bibliotecas presencial e também online. Foi dado inicio a primeira fase com a Recode, “Transformar para reprogramar”. Na segunda fase com parcerias com os sistemas estaduais, foi aí que começamos a nos reunir para pensar metodologias deste programa, pensar nomes. Esse nome "Conecta Biblioteca", foi pensado por nós gestores e pela Recode. No caso, conectar é fazer com que as bibliotecas estaduais e também municipais estejam em rede, trocando experiências e conhecimentos.

Inforbiblio - Você acompanhou os gestores dos municípios de Teotônio Vilela, São Miguel dos Campos, Dois Riachos e Branquinha, que foram escolhidos pelo programa para participar de um treinamento que aconteceu no Rio de Janeiro, não é mesmo?

 Mira - Sim. Foi o primeiro encontro. O pessoal foi capacitado durante 3 dias. Nesse treinamento os gestores de bibliotecas aprenderam como desenvolver ações para que sua biblioteca seja dinamizada e faça total aproveitamento da tecnologia existente, tanto que na seleção dos municípios, o critério de desclassificação era para as bibliotecas que possuíssem menos de 3 computadores. As escolhidas tinha que além disso ter acesso à internet. Outro fator que influenciou muito também foi o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) quanto menor o IDH do município, maior a chance dele ser escolhido.
O desafio é fazer com que depois desse programa o gestor venha a obter um aumento de pelo menos 60% de usuários do que a biblioteca tinha antes. E a expectativa é que esses usuários sejam em sua maior parte  jovens, porque a gente pensa num público promissor, pois jovens engajados se tornam leitores, tornam-se críticos, escritores e assim por diante. Futuramente esse jovem tem condições de construir, contribuir, enfim. 
A grande proposta do programa é pensar na Organização da Nações Unidas (ONU), numa agenda 2030, que já está sendo trabalhada desde 2016. Para isso, nós que estamos à frente dessas bibliotecas, temos que fazer com que essas bibliotecas atinjam dois objetivos: Educação de qualidade e a diminuição da desigualdade. 
A Recode, os Estados, a ONU e os patrocinadores Bill & Melinda Gates, entendem que o nosso mundo é muito desigual e a causa disso é a falta de conhecimento e informação que são detidas a partir de leitores. A grande revolução do mundo hoje é a leitura. Por isso que os governantes, de certa forma, não se debruçam para investir em bibliotecas e escolas de qualidade.
Então a intenção é fazer com que todas as bibliotecas municipais e estaduais estejam interligadas. Por isso existe a fanpage do Facebook.

Inforbiblio - Infelizmente, como você mesma me confessou, nenhum desses municípios selecionados têm bibliotecários no comando das bibliotecas, e sim funcionários públicos exercendo o cargo de gestores. Você ressaltou também que tragicamente, esse não é um problema apenas do Estado de Alagoas, pois todo o território brasileiro sofre com essa precariedade. Por isso que é importante não confundir e não denominá-los como bibliotecários, pois o correto é dizer que eles são profissionais de biblioteca. Mas o que você acha que pode ser feito para que se possa mudar essa triste realidade?

Mira - Nós bibliotecários temos que mostrar do que somos capazes, como agentes de mudança. Temos que reivindicar concursos municipais e estaduais para bibliotecários. Outra alternativa é acionar os Conselhos Regionais de Biblioteconomia (CRBs) quantas vezes forem necessárias, até que vençamos pelo cansaço, se for o caso. Enquanto isso, cada um tem que cair em campo e oferecer seus serviços de consultoria nesses espaços. Mas cada vez mais, eu observo muito aqui na biblioteca que os usuários sabem fazer reivindicações dos seus direitos. Se falta água, eles reclamam, se falta papel higiênico, eles reclamam. Se um computador não liga, eles reclamam. Mas a denúncia é porque eles entendem que os usuários têm o direito de serem bem atendidos, que são cidadãos conscientes e sabem que podem reivindicar por uma coisa que é deles. E por que o bibliotecário não sabe fazer exigências? Fica a pergunta.

Inforbiblio - Já se cogitou entre bibliotecários daqui a possibilidade de Alagoas separar-se do Conselho regional de Pernambuco. O que você acha da ideia de formação do nosso CRB aqui? 

Mira - Acho que é viável. Em tese seria mais prático. Ganharíamos mais rapidez e agilidade nas ações e principalmente nos registros. Mas como já sou presidente do Sindicato dos Bibliotecários de Alagoas (SINBIBLIO/AL), deixo para os colegas a missão de encabeçar aí um movimento pró “apartheid”.

Inforbiblio - Deixe uma mensagem aos estudantes, futuros bibliotecários

Mira - Vou me estender aos atuais bibliotecários também… Não façam o curso só para obter um diploma. Se já é bibliotecário e não quer verdadeiramente atuar como um agente de mudanças, desistam! Pois o bibliotecário assume um compromisso com a sociedade, não é com o livro, é com a humanidade. Se eu assumo uma responsabilidade com os cidadãos, eu preciso me atualizar, me antenar para oferecer mais serviços e os mais diversificados o possível. 

 Inforbiblio - Obrigada, Mira Dantas, por dedicar um pouco do seu tempo tão atarefado. 

 Mira - Eu é quem agradeço pela oportunidade cedida por este espaço!


Almiraci Dantas dos Santos, é Coordenadora da Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos e do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Alagoas da Secretaria de Estado da Cultura. Coordenadora do Programa PROLER. É presidente do Sindicato dos Bibliotecários alagoanos (SINBIBLIO/AL). Pesquisou e organizou o registro do Conhecimento acerca da Memória Histórica Institucional do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Pesquisadora na temática: MEMÓRIA E HISTÓRIA INSTITUCIONAL E PATRIMÔNIO (I)MATERIAL. 
Graduada em Biblioteconomia pela UFAL

07 junho 2017

Almiraci Dantas



Almiraci Dantas dos Santos, é Coordenadora da Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos e do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Alagoas da Secretaria de Estado da Cultura. Coordenadora do Programa PROLER. É presidente do Sindicato dos Bibliotecários alagoanos (SINBIBLIO/AL). Pesquisou e organizou o registro do Conhecimento acerca da Memória Histórica Institucional do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Pesquisadora na temática: MEMÓRIA E HISTÓRIA INSTITUCIONAL E PATRIMÔNIO (I)MATERIAL. Graduada em Biblioteconomia pela UFAL.






Nossa entrevistada é mais conhecida como Mira Dantas, nasceu em um povoado de difícil acesso no município de Piaçabuçu, chamado Potengi. Aos 14 anos ela só estudava, como a maioria das meninas da sua idade, mas com a iniciativa da Secretaria da cultura de Piaçabicu, de colocar um professor de música para o coral da igreja, ela se inscreveu para participar. “O Grupo Caçuá - de artes integradas, com foco no regionalismo estava precisando de um representante de Piaçabuçu, então eu fui eleita para fazer parte do grupo, cantando e recitando valores regionais."

Esses recitais englobavam toda a cultura do município de Piaçabuçú e das cidades ribeirinhas no entorno do Rio São Francisco, assim como Alagoas e todo o nordeste. Ela conta que surgiu a necessidade de mudar-se para a cidade de Piaçabuçu devido à existência de uma casa alugada pelo prefeito da cidade, onde o grupo se reunia toda a semana para ensaiar. A casa era toda caracterizada com poesias e frequentada por pessoas de vários lugares de Alagoas, inclusive de Maceió. Depois a casa não pode mais ser alugada e Mira foi morar com a então secretária de cultura, Dalva de Castro, a quem chama carinhosamente de segunda mãe. “Ela cuidou de mim e me ensinou muitas coisas.”
O grupo Caçuá fazia excursões por todo Brasil. Com eles, Mira aprendeu artes teatrais, música, dança e interpretação. “A partir disso eu conheci muitas pessoas do país e daí eu aprendi a ver em mim uma beleza que eu não conhecia, aprendi a valorizar minha cidade, a saber quão belo era o rio, quão belo era o pescador, quão bela era a lavadeira na beira desse rio. Foi a partir do olhar dos visitantes que sabiam valorizar tudo aquilo, que eu clareei a minha visão e aprendi não só a dar valor, mas também sentir muito orgulho do meu lugar.”

Ainda através do Caçuá, Mira engajou-se em outros projetos, dentre eles o que encabeçou a ONG Olha o Chico, que em seu Estatuto tinha várias diretorias. Pasmem… Com apenas 16 anos, ela assumiu a diretoria de comunicação. Que menina precoce!. “Eu fazia bonecas de informativos, colhia as informações, fazia a impressão e saía de bicicleta entregando nas casas".
Ela fazia ainda um programa na Rádio Mandim - uma rádio comunitária que cedeu 1 (uma) hora para a ONG. E ela aproveitou muito bem, passando informativos sobre a Organização e sobre a conscientização da preservação do Rio São Francisco. Mira também fazia entrevistas em seu programa abrindo espaço para os pescadores da região que davam dicas de pesca, sobre a maré, sobre a época propícia para pescar, como também, quando era proibida a pesca na qual o IBAMA chama de 'Época do Defeso'. “Tinha também o momento cultural, então eu convidava sanfoneiros do povoado, convidava a Filarmônica Euterpe, entre outros. Eu inventei uma personagem, a Dona Chica, eu falava como uma velha, agia como uma velha, pensava como uma velha. O programa era todos os sábados, passava no dia de feira, na hora de feira. Então as pessoas gostavam porque ela era irreverente. 

Depois eu tive uma parceira que fazia a minha comadre fuxiqueira.
Quando Mira já fazia o ensino médio, a Secretária Dalva sempre levava cursos do Sebrae e do Senai para o município. Um dos cursos que ela fez foi sobre o cultivo da mandioca. Alem disso, existia também a Fundação Accioly Gama (FUNTAG), e Dalva promovia festivais de teatro e Mira também se aventurou na montagem de peças teatrais. “Eu montei umas 3 (três) peças. Eu mesma escrevia, dirigia, fazia a sonoplastia, tudo. Uma dessas peça ganhou os prêmios de sonoplastia, melhor ator coadjuvante e melhor direção. A peça vencedora tinha que ser apresentada nos povoados e não tínhamos transporte adequado para isso, então nós usávamos a caçamba de lixo da cidade. A noite nós lavávamos a caçamba e montávamos o palco sobre ela (tipo teatro mambembe), estacionávamos na praça, colocávamos os  holofotes e gelatinas, fazíamos as caracterizações e chamávamos o público para assistir."

Eu perguntei à Mira o que a motivou a querer fazer um curso superior, ela respondeu que existia uma biblioteca na cidade, sem bibliotecário (a), para variar, e ela fazia de tudo um pouco por lá. “Então aconteceu um projeto do SESC, a exposição de imagens do “Tatibitati” livro de Fátima Maia. Foi quando a Dalva pediu para que fosse feita contação de história com o livro Tatibitati, daí eu contei historinhas pela primeira vez. Os alunos vinham das escolas para visitar a exposição e depois levamos essa contação também para os povoados. Perguntei se ela apaixonou-se pela biblioteca e por isso escolheu a Biblioteconomia. Ela respondeu: "Não, mesmo porque eu era apaixonada por tudo que eu fazia, não foi a biblioteca que determinou isso. Eu nem sabia o que queria fazer, só sabia que tinha que ser algo relacionado com o público. Pensava em jornalismo, pensei até em medicina, depois desisti". Contou Mira. Perguntei também se ela não pensou em fazer um curso superior em Teatro e ela respondeu que não, nunca quis fazer, nem pensou em fazer música.

Pedi a Mira que contasse sobre a odisseia de sair do interior para estudar na capital. "Aos 18 anos Fiz o primeiro vestibular e não passei, daí minha mãe biológica que já era merendeira, tirou um empréstimo no banco para bancar um cursinho pra mim. Me juntei com mais duas colegas que estavam vindo para Maceió e ficamos no apartamento de outra colega, no bairro do Feitosa. Dividimos as despesas, o aluguel e tínhamos as mensalidades do cursinho para pagar. Eu tinha que fazer valer, tinha que estudar muito, me dedicar extremamente. A minha ânsia foi tanta que eu passei a não me cuidar. Daí eu comecei a me distanciar do Caçuá, da ONG, me distanciei de tudo. E também passei a não me alimentar direito, com isso eu entrei em depressão e tive vários problemas de saúde, não conseguia nem tomar água. Então tive que voltar pro interior pra me restabelecer. Voltei  chorando, pois iria perder uma semana de cursinho. Recuperada voltei à Maceió, fiz o vestibular e novamente não consegui passar. Como não tinha como permanecer aqui, regressei novamente ao interior. Passaram-se 6 (seis) meses e minha mãe mais uma vez me ajudou. Ela me disse: 'Arrume um lugar para morar. Todo mês e vou lhe enviar uma ajuda de custo.' Passei a morar na casa de uma amiga, por convite dela."

Mira retomou suas atividades na ONG e esta passou a ter representatividade no Comitê da Bacia do Rio São Francisco, pois o objetivo dessa ONG era meio ambiente, arte e cultura. Ela ficou como representante suplente da ONG. "Então comecei a viajar mais do que antes pelo Brasil. Nessas andanças eu conheci o Marido de uma professora da UFAL que também fazia parte do comitê. Conversando com ele, o mesmo me questionou: Porque você não faz Biblioteconomia? Eu: Biblio o quê? Ele: Minha esposa é professora de Biblioteconomia, penso que você vai gostar. Fiquei querendo saber o que era isso, biblioteconomia… Então comecei a pesquisar e ver as áreas de atuação e percebi que tinha a ver com o que eu já fazia. Foi aí que eu me decidi pela Biblioteconomia e fiz o vestibular pela terceira vez. Passei em 4º lugar e me apaixonei e continuo apaixonada até hoje." Finalizou Mira.

Vou confessar que essa entrevista não terminou aqui, apesar dessa carinha de menina, essa mulher ainda tem muita história pra contar... Acompanhe aqui na Parte II

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