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09 maio 2022

Um Discurso Sobre as Ciências - Parte I



 

Boaventura de Sousa Santos

Sociólogo português nascido em Coimbra, em 15 de Novembro de 1940. É Doutorado em Sociologia do Direito pela Universidade de Yale (1973) Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da Universidade de Warwick. É igualmente Director Emérito do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça.

 

UM DISCURSO SOBRE AS CIÊNCIAS

Sendo Boaventura antipositivista escreveu sua obra em 1987, propondo que a teoria do conhecimento seja desvinculada do pensamento positivista. Positivismo esse idealizado por Augusto Comte no século XIX que prega um afastamento radical da teologia e da metafísica ao mesmo tempo que considera inválido qualquer conhecimento advindo do senso comum. Essa obra suscitou nos anos 90, um novo episódio de debate aceso entre positivistas e antipositivista, entre realistas e construtivistas, que em breve se transformou numa nova guerra da ciência conhecido como Sokal Affair – Caso.

Vivemos num tempo atónito que ao debruçar-se sobre si próprio descobre que os seus pés são um cruzamento de sombras, sombras que vêm do passado que ora pensamos já não sermos, ora pensamos não termos ainda deixado de ser, som­bras que vêm do futuro que ora pensamos já ser­mos, ora pensamos nunca virmos a ser (SANTOS, 2008, p.13).

 

O PARADIGMA DOMINANTE – CIÊNCIA MODERNA Santos (2008) expõe que os positivistas que balizam essa ordem científica hegemônica, defendem impetuosamente uma fronteira que fora estabelecida entre o senso comum e a pesquisa científica.

O senso comum contribui para que a ciência progrida. A partir de problemas do cotidiano das pessoas, surge a necessidade de pesquisar, de aprofundar interpretações dos achados e propor soluções para superar as dificuldades enfrentadas pela população.

O paradigma dominante visa desconfiar de todo conhecimento advindo das sensações, estabelecendo um modelo totalitário que recusa o caráter racional das formas de conhecimento diferente daquelas com base nos princípios epistemológicos e nas regras metodológicas do paradigma dominante.

Outro componente presente no paradigma dominante abordado por Santos, são as ideias matemáticas como elemento central que fornecem a análise e a lógica da investigação na ciência moderna, tendo duas consequências principais:

  • o preceito de que conhecer significa quantificar, ou seja, aquilo que não é quantificável é considerado cientificamente irrelevante;
  • o método científico pressupõe a redução da complexidade através da divisão e classificação, tendo como base o método cartesiano.

Em seguida, o autor aborda aspectos do determinismo mecanicista fundamentado por Isaac Newton, o qual considerava que tudo na matéria é uma máquina, portanto, estudar a matéria era como estudar uma máquina. Essa ideia do “mundo-máquina” se transformou na grande hipótese universal da época moderna: o mecanicismo. Esta hipótese acabou sendo aplicada aos estudos da sociedade, partindo-se dos mesmos paradigmas da ciência moderna, originando nas Ciências Sociais. 

 

Santos tece diversas críticas a essa forma mecanicista de estudar a sociedade visto que, segundo ele, o comportamento humano não pode ser explicado com base apenas nas observações, e que a ciência social terá sempre o caráter de uma ciência subjetiva, e não objetiva. “São hoje muitos e fortes os sinais de que o modelo de racionalidade científica que acabo de descrever em alguns dos seus traços principais atravessa uma profunda crise” (SANTOS, 2008, p.40).

Aguardem a segunda parte com "A Crise do Paradigma Dominante" no próximo post.

Até lá!

01 abril 2022

Filosofia da Ciência - Fichamento


 Olá pessoal, tudo bem?

Começarei a publicar a partir de agora assuntos mais relacionados ao Mestrado em Ciência da Informação. O Primeiro texto trabalhado em sala de aula da minha turma do PPGCI-UFAL 2022.1 foi o de Gaston Bachelard. 

Fiz um fichamento, mas só dos pontos que se destacaram para mim e não de todo o livro. Espero que de alguma forma ajude pelo menos a despertar a curiosidade de quem ainda não teve contato com a obra de Bachelard. Para quem já leu, sintam-se a vontade para debater.

Vamos movimentar isso aqui! Comentem a vontade. Prometo que respondei um a um. Obrigada desde já!

16 janeiro 2022

ConfOA 2022 em Maputo


A 13ª Conferência Lusófona de Ciência Aberta (ConfOA), acontecerá na Universidade Eduardo Mondlane na cidade de Maputo em Moçambique, nos dias 10, 11 e 12 de outubro de 2022. O tema da edição anterior “Ciência Aberta: Diversidade, Inclusão e Sustentabilidade”, foi mantido.

A ConfOA pretende reunir as comunidades dos países lusófonos, que desenvolvem atividades de investigação, desenvolvimento, gestão de serviços e definição de políticas relacionadas com a Ciência Aberta em todas as suas vertentes, nomeadamente o Acesso Aberto à Informação Científica e os Dados de Investigação. Assim, a ConfOA assume-se como o espaço privilegiado para promover a partilha, discussão e divulgação de conhecimentos, práticas e investigação sobre estas temáticas, em todas as suas dimensões e perspectivas. 

As submissões para apresentação de trabalhos estão abertas desde o dia 13 de janeiro de 2022 e ficarão disponíveis até 04 de abril de 2022. Para saber mais acesse o link:  https://conferencias.rcaap.pt/index.php/confoa2022/13

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